Menos é mais: a experiência de vida dentro de um trailer
Por Diego Faria
Há pelo menos três anos, eu e minha esposa vínhamos pesquisando formas não convencionais e econômicas de moradia para evitarmos um financiamento imobiliário. Foram feitas visitas a shows rooms de casas container, orçamento para uma casa de tijolos ecológicos ou em adobe, pesquisa para a aquisição de uma Tiny House (conceito americano de casa sobre eixo), e é claro, a hipótese de morarmos em um trailer. Além de termos a oportunidade de levarmos o nosso lar para outro endereço, se assim quiséssemos, poderíamos ainda aderir a um estilo de vida caravanista.
A escolha foi então a de adquirirmos um trailer, e não faltaram pesquisas em sites de compra e venda e visitas a empresas do ramo. Precisávamos encontrar um veículo com um bom custo benefício, que nos dispusesse do maior espaço útil possível – já que iríamos morar nele. A conservação também foi fundamental na escolha, já que iríamos nos dispor de toda a nossa economia para a compra e não seria possível fazer reformas no trailer. Ao ligar para o número que constava em um anúncio pela internet, o ex-proprietário de um trailer modelo Motor Trailer / Condor, de 1989, me informou que já havia vendido o veículo. A chamada via Whats App estava péssima, falhando, e eu mal consegui conversar com a pessoa. Desliguei a chamada e logo eu pensei: – “Que pena, ainda não foi dessa vez!”
